[extra] cartazes para impressão: alastre a FOGO BAIXO por aí!
eu comecei a escrever para materializar ideias, por isso o virtual precisa existir no & tangenciar o mundo físico
Em busca de um texto que seja cada vez mais físico para encontrar potenciais leitores, fiz cartazes A5 para colar por aí. Tentei manter a ideia o mais barato possível: sendo a metade do tamanho de uma sulfite A4, o rendimento por impressão em A5 rende o dobro; imprimindo em papel colorido, o tamanho diminuto chama a atenção. O QR Code funciona mesmo quando a tinta borra (mais sobre isso abaixo) e pelo efêmero da coisa, tá valendo.
É uma conta de cabeça: não coloquei na ponta do lápis para conferir quanto sairia a impressão colorida sobre papel branco – mas não importa. A dica do papel colorido foi da minha amiga Alice Maneschy, que me encorajou a colocar tudo em prática mesmo que eu não tivesse “o leiaute perfeito”. Obrigada pelo incentivo, Alice, Júlia Jacob e Rafa Coury, que estavam no bar aquele dia 💘
As dicas abaixo são em partes adaptadas do que a Alice me indicou, e metade da minha experiência tendo passado algumas horas andando e colando os cartazes por aí.
Eu selecionei trechos de cinco ensaios para essa primeira leva, e cada QR Code leva para o texto correspondente. Se você sente falta de alguma frase, me escreve contando para eu inserir nos próximos arquivos? Dá para combinar as frases de ensaios diferentes e criar uma sequência própria, como eu fiz na foto acima: a primeira é tirada do texto sobre a comida do outro; e a segunda, do texto sobre jornalismo gastronômico.
Como imprimir o lambe
Se você for colar numa parede interna, tanto faz o tipo de papel, de impressão e de fixação (fita adesiva, etc). Mas se você for colar na rua como lambe-lambe, precisa prestar atenção nesses detalhes. Pra colar como lambe colorido, eu fiz dois testes:
imprimi em uma gráfica a laser no papel colorido que havia disponível (azul, rosa, amarelo e verde em tons pastel; a gramatura deve ser em torno de 80 g)
comprei papel colorido com tons mais vibrantes numa papelaria qualquer (na embalagem, diz papel para origami e artesanato; gramatura 85 g) e imprimi a jato de tinta, mesmo sabendo que a tinta poderia escorrer a ponto de inviabilizar a leitura.
A impressão a laser não funciona no papel colorido comprado na papelaria por ser pigmentado – não vou me estender nessas questões; inclusive você pode imprimir apenas em papel branco para colar na rua, mas aí em gráfica com impressão a laser pra tinta não escorrer.
O que é importante em qualquer cor de papel para lambe é a gramatura: quanto mais fino, melhor a flexibilidade para contornar a circunferência do poste e/ou mais fácil de a cola fixá-lo.
Como fazer a cola
A cola que usei foi metade de cola branca escolar (adesivo a base de PVA, que é acetato de polivinila) e metade água – há quem aconselhe a proporção de 1 medida de cola para 2 de água, mas ficou muito aguado no meu caso. Guardei essa mistura em uma garrafa de água para transportar por aí. Comprei um pincel largo e aposentei um Tupperware velho para colocar a porção de cola a ser pincelada. Guardei tudo (garrafa com a mistura, pote tampado e pincel) dentro de uma sacola plástica dentro de uma ecobag.
Como colar o lambe
Pincele uma camada de cola na parede, posicione o papel (quanto mais fino o papel, menos você precisa apertá-lo para fixar) e pincele mais uma camada de cola por cima ou pelo menos nas bordas, pra garantir que as pontas fiquem grudadas. Aqui, o formato A5 é perfeito pra ser posicionado com uma mão só, e a operação fica mais ágil.
Eu colando cartazetes no Petrisserie:
Se você aplicar cola por cima do papel que teve impressão a jato de tinta, vai escorrer um pouco, mas com essa proporção de 1:1 de cola e água, é menos. De todo modo, a tinta escorrida não dificulta a leitura nem da frase, nem do QR Code.
Lembrete da Alice: saia para colar em dias de tempo seco, de preferência com sol, para que a cola seque rápido e o papel não corra o risco de se desintegrar por passar muito tempo úmido.
Se você colar na sua casa ou em um poste qualquer, me manda foto contando em que cidade foi? E se tem alguma frase que você gostaria de espalhar por aí, me conta nos comentários ou escreve para schiochetflavia@gmail.com – eu ainda não fiz cartazes para todos os textos!
Próximo passo que pretendo dar no mundo material: fanzines. Um formato inspirado no material que a Pat Willard envia aos seus inscritos!
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